quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vestuário do final do século XVIII

A Revolução Industrial, que começara no Reino Unido no século XIX, revolucionou totalmente os meios de fabricação de roupas. Até então, os tecidos e as roupas eram produzidos manualmente, e por meios artesanais. A criação da spinning jenny, em 1764, pelo britânico James Hargreaves, e, posteriormente, da spinning mule, uma derivada da spinning jenny, em 1798, pelo britânico Samuel Crompton, foram uma das bases da Revolução Industrial. A spinning mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto 200 pessoas, usando algumas poucas pessoas como mão de obra. Em 1780, Edmund Cartwright criou uma derivada capaz de se alimentar de uma turbina a vapor.Com tais máquinas disponíveis, fabricantes de roupas industrializadas vendiam roupas a baixos preços. A produção de roupas, ao menos nas grandes cidades, tornara-se quase completamente industrializada. Antigos artesãos que antes lucravam, faliram, e muitas pessoas pararam de fabricar suas roupas em casa.

A moda passou a mudar mais e mais freqüentemente, mas apenas as pessoas ricas podiam se dar ao o luxo de adquirir a última tendência da moda. Os franceses continuaram a ditar a moda na Europa até o início da Revolução Francesa, no final do século XVIII, quando a Inglaterra assumiu a dianteira, até o final da Revolução, quando a França retomou a liderança no cenário da moda européia. Dado ao status de riqueza e poder de roupas complexas e elaboradas, ao longo da Revolução, muitos nobres passaram a usar roupas simples, com o medo de serem capturados pelos revolucionários, que os teriam guilhotinado.

Ao longo do século XIX, a industrialização na produção de roupas e tecidos espalhou-se para outros cantos do mundo. A indústria têxtil ficou firmemente estabelecida nos Estados Unidos, França, e, posteriormente, na Alemanha e no Japão. No último, roupas ocidentais lentamente substituíam roupas tradicionais. Porém, muitas pessoas ainda preferiam usar roupas feitas por um artesão, quando podiam pagar por ela. Outras pessoas, especialmente aquelas em lugares isolados, continuaram a fabricar tecidos e roupas em casa.

Gradualmente, ao longo do século XIX, as roupas passaram a ficar mais simples e leves. Camisas, saias (que eram para serem usadas juntas) e calcinhas foram criadas na década de 1870, e logo tornaram-se uma tendência entre mulheres da classe trabalhadora. Jeans passaram a ser usados por mineradores, fazendeiros e caubóis nos Estados Unidos.

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Difusão das estampas na Europa'

Foi partir do ano 1000, quando Veneza estabeleceu sua posição como porto de difusão de mercadorias entre o Leste e o Oeste que os tecidos estampados começaram a ganhar força na moda européia. De todas as transações comerciais importantes, Veneza dava prioridade à importação de seda e tecidos preciosos, assim como especiarias e gemas do Oriente.

Para os espanhóis dos séculos XIV e XV a seda era muito cobiçada pois refletia uma distinção soberba que os atraia devido a seu temperamento. Por volta do ano 1200 aconteceram várias mudanças importantes, entre elas o fato das cores deixarem de possuir um significado simbólico, deixando de serem usadas com o propósito específico de indicar as diferenças de classes – papel este que passou a ser exercido pelo tecido, no caso a seda, devido ao seu alto valor de mercado.

Surgiu então uma imensa variedade de padrões de estamparia como listras, quadrados axadrezados e figuras.



Diferente da seda, os tecidos comuns eram de cores sólidas. As roupas comuns e de cerimônia eram decoradas com bordados e appliqués formando devices: imagens de objetos, plantas ou animais escolhidos para representar emblemas pessoais como o urso e o cisne sangrento do Duque de Berry.

Apesar do trabalho dos centros têxteis europeus, os tecidos orientais continuavam a exercer forte atração sobre os países ocidentais: musselina de seda e ouro de Mossul; tecidos adamascados, isto é, com padronagem de Damasco e Pérsia; sedas baldacchino decoradas com pequenas figuras; sendo estas encontradas até na Inglaterra; tecidos da Antioquia com pequenos pássaros dourados ou azuis sobre campos vermelhos ou pretos. Os tecidos orientais eram muito apreciados por causa de suas padronagens mas, principalmente, devido a sua perfeição técnica.



Estampa Floral.



Em meados do século XIII, as tecelagens de Regensburg e Colônia demonstravam a influência de certos protótipos de padronagem oriental, que gradualmente foram sendo adaptadas ao gosto europeu, rompendo-se assim um padrão pré-estabelecido. Na Itália, durante o século XIV este fenômeno pôde ser observado com o desaparecimento dos temas animais e divisões arquitetônicas e com o florescimento das estampas de flores cada vez mais estilizadas. A moda dos tecidos de estampas florais se tornou generalizada desenvolvendo-se, especialmente, nas regiões de Genova e Florença.

No século XV os padrões florais assumiram dimensões exageradas, com grandes romãs ou cardos estampados entre linhas sinuosas.



Durante o século XVIII, as padronagens dos tecidos passaram a sofrer a influência das grandes descobertas e viagens de exploração e as importações dos tecidos orientais tornaram-se lugar comum. Cada vez mais começaram a ser encontradas exemplos da flora exótica em padronagem que exibiam flores e frutos desconhecidos na Europa até então. Flores como o crisântemo, acabaram por criar o gosto pelas padronagens florais exóticas. Isto se manteve até o final deste século, quando a moda voltou as suas origens ocidentais, com padronagens mais simples, como margaridas, papoulas e rosas. Durante o século XIX, essas padronagens florais realísticas se mantiveram populares. Entretanto, algumas padronagens florais formais e estilizadas em algodão acetinado foram desenvolvidas durante o período Art Deco. O final do século vinte trouxe um revival do estilo vitoriano de flores em design natural.

Tecidos estampados com flores miúdas, ainda tão comuns nos dias de hoje, surgiram por volta de 1800, nos Estados Unidos, com a adoção das primeiras máquinas de estampar. A empresa Thorp , Siddel and Company, instalava em Philadelphia a primeira dessas máquinas em 1810. Dentro de poucos anos passava a existir uma grande quantidade de empresas de estamparia, mesmo no pequeno estado de Rhode Island. E Works, da Clyde Bleachery e da Print Works ainda podem ser encontrados no Museum of American Textile History em North Andover, Massachussets, possibilitando confirmar que a padronagem era de pequenas flores espalhadas por toda a superfície do tecido, que acabou sendo conhecido como “calicoes” ou chita.




pictografia: O motivo pictográfico (nuvens, objetos, paisagens, etc) surgiu em toda sua glória na época medieval. Apresentando cenas de batalhas, caçadas e torneios eram muito apreciados pelos nobres da época com seus ideais românticos e de honra. Continuaram bastante populares durante toda a renascença. Durante o período barroco francês e inglês, as padronagens se tornaram bastante complexas, usando técnicas sofisticadas e cores realistas. Já o estilo rococó, no início do século XVIII produziu um tipo mais informal de padronagem pictográfica, geralmente frívola e extremamente colorida, em seda e algodão, apresentando design em estilo oriental com cenas de paisagens árabe e mourisca. A expansão do comércio além-mar incentivou a moda da padronagem pictográfica, apresentando paisagens e povos nativos como as do Hawai.

A partir de meados do século dezoito estas padronagens voltaram a se tornar menos populares, com a preferência se voltando a cenas mais delicadas, como as imagens dos campos franceses e ingleses.

Raízes da padronagem dentro da tecelagem Européia

As estampas podem tanto ser aplicadas sobre a superfície dos tecidos como trabalhadas na própria estrutura do mesmo, durante a tecelagem. Dos vários e diferentes métodos de estamparia a técnica de uso de blocos de madeira é a mais antiga. Mais tarde surgiram as estampas utilizando a tela de stencil e os rolos de cobre gravados.

Os fenícios produziram os primeiros tecidos estampados, usando o método de estamparia em blocos e a tecelagem trabalhada em fios de diversas cores formando estampas muito apreciadas pelo mercado. Outro método usado era o stencil, em diferentes estamparias, além de bordados em cores ricas e vibrantes. Na verdade, tecidos estampados apenas passaram a ser utilizados na Europa após o século XVII. Porém, existem exemplos de estamparia utilizando blocos de madeira sobre linho, durante a Idade Média, técnica esta que foi muito provavelmente trazida da Ásia e introduzida pelos romanos na Europa. A Índia era mestra na arte de estamparia sendo que seus produtos superavam, em muito, o trabalho feito pelos Persas e Egípcios.

Estampas usando técnica de serigrafia sobre linho foram escavadas pelos arqueólogos em tumbas egípcias de 8.000 anos. Seda estampada foi encontrada em escavações a leste do Turkistão e Kansu muito provavelmente originárias da dinastia Tang chinesa.



Já os Tartans, tão famosos símbolos dos clãs escoceses surgiram, com este específico propósito, apenas no século XVIII. A falta de tecnologia indispensável para a imensa quantidade de diferentes combinações de tons que classificam os vários clãs impossibilitava o tingimento homogêneo do fio necessário para a confecção da padronagem xadrez complexa dos tartans.

Contudo existe evidência da existência de tartans que datam do século 3 a C . Escavações arqueológicas, perto de Falkirk descobriram um jarro de terracota com moedas de prata, no qual um pedaço de pano xadrez, nas cores marrom e branca fora usado como tampa


Referencias à tartans ocorrem em vários documentos, pinturas e ilustrações. Uma carta patente em favor de Hector MacLean of Duart, de 1587, garante a concessão de terras em Islay e detalha o pagamento de 60 ells de tecido nas cores branca preta e verde (as cores do tartan de caça do clã MacLean of Duart).

A palavra Tartan significava, originalmente, “tecido de lã leve” e origina-se do francês tiretaine ou do espanhol tiritana.


Questões culturais

Ao longo da história, diferentes civilizações vestiram roupas mais por motivos culturais, como decoração ou ornamentos, do que por necessidade. Em sua viagem em torno do mundo, Charles Darwin na Terra do Fogo, Argentina, notou que certos nativos da região cobriam sua pele apenas com uma fina camada de tinta mais uma pequena pele de animal na parte superior do corpo Isto contrastava com o clima da região , frio e instável Tais pessoas usavam tais roupas por motivos culturais e não por necessidade.
Antigamente o tipo de roupa usada era diferente em culturas diferentes, e era parte dessa cultura, passada de geração a geração. Mesmo atualmente, e na maioria das sociedades incluindo a sociedade ocidental, roupas são usadas devido a alguma influência social e cultural. Apesar disso, com o advento da globalização, as roupas tradicionais ficaram cada vez mais esquecidas sendo que cada vez mais pessoas usam roupas por questões de conforto ou necessidade. Por exemplo muitas pessoas usam camisas porque elas são confortáveis simples de usar e duradouras. Alguns exemplos conhecidos de roupas tradicionais que fazem parte da sociedade ocidental incluem o vestido de noiva branco ou a cor preta em funerais.
Muitas pessoas vestem um certo estilo de roupas buscando serem aceitas por um grupo social. Isto acontece especialmente entre os adolescentes. Os membros destes grupos sociais, compostos de pessoas que possuem certos gostos em comum, tendem a se vestir de maneira similar. Muitos desses adolescentes buscam se vestir igual ou de modo parecido a seus ídolos, como por exemplo, cantores famosos. No Japão por exemplo, vários adolescentes gostam de vestir-se da mesma maneira que personagens de mangás famosos.
Outras pessoas usam roupas como um modo de protesto. A novelista Amandine Dupin usava roupas masculinas a contra-cultura da década de 1960 e também os punks. Inscrições palavras ou frases podem aumentar o poder de choque destas maneiras de protesto. Roupas também podem ser usadas como meios de propaganda.



Ficheiro:Greek costumes children DSC04313.jpg

Duas Gregas com roupas típicas .

Povos da Mesopotâmia'

A agricultura era a base da economia. Cultivavam trigo cevada linho gergilim sésamo (de onde extraiam o azeite para a alimentação e iluminação) árvores frutíferas raízes e legumes.
Criavam animais como carneiros burros bois gansos patos.
Comercializavam tecidos de linho lã e tapetes além de pedras preciosas e perfumes.
As principais ciências estudadas foram a astronomia medicina e matemática.
A escrita apareceu nessa época e foi definida como cuneiforme. Por ser ideográfica o objeto representado expressava uma idéia.
Os deuses extremamente numerosos eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol a lua os rios outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais também eram cultuados.

Vestuário

A matéria prima predominante era o linho e a lã usados sempre na sua cor natural. Um retângulo de tecido ao redor da cintura preso por tiras ou simplesmente com um nó numa forma primitiva de saia era a vestimenta principal do povo na Mesopotâmia.

Sumérios

Vestígios da civilização suméria (III a C) mostram pessoas usando saias compostas por tecidos com o borda formada com tufos de lã dispostos simétricamente que dão às roupas um aspecto "franjado" Este tipo de roupa era usado por homens e mulheres.

As mulheres de classes superiores e altos dignatários costumavam usar este tipo de roupa mas aos poucos foram substituindo por uma túnica com mangas Acredita-se que as mangas e o uso de botas foram influência de povos da montanha que viviam ao redor da região entre o Eufrates e do Tigre .

Homens e mulheres usavam cabelos compridos e os cabelos assim como as barbas eram cacheados e até entremeados com fios de ouro O adorno de cabeça para os homens tinha o aspecto de um vaso invertido As mulheres casadas eram obrigadas a usarem um véu em lugares públicos (uma lei de 1 200 a C que ainda prevalece até hoje) .

Palácio de Versalhes: a Casa do Rei-Sol

O Palácio Real de Versalhes foi residência real entre 1682 e 1789 (data daRevolução Francesa).
A Corte de Versalhes representou o centro do Poder Absoluto (Antigo Regime) em França.
A casa do Rei-Sol Luís XIV de França, é o maior palácio do mundo e considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Possui 2000, janelas 700 quartos, 1250 lareiras, e 700 hectares de parque.
A sua dependência mais conhecida é a famosa Galeria dos Espelhos, onde em 1919 foi ratificado o Tratado de Versalhes, após a 1ª Guerra Mundial.Este salão tem 73 metros de comprimento, 12, 30 de altura e 17 janelas.

No primeiro andar, podemos ver os Apartamentos do Rei e os Apartamentos da Rainha.
Começamos por ver e admirar a Capela Real, iniciada em 1699 e concluída em 1709, onde se realizou o casamento de Luís XVI e Maria Antonieta em 1770.
Passamos de seguida ao Salão de Hércules utilizado para concertos bailes e jantares de gala no Antigo Regime.

Seguem-se os seguintes salões:
Salão da Abundância (utilizado como Sala de Buffets e para servir as bebidas);
Salão de Diana(utilizado como Sala de Bilhar);
Salão de Vénus;
Salão de Marte(utilizado como Salão de Bailes);
Salão de Mercúrio (utilizado como Sala de Jogos de Cartas);
Salão de Apolo (utilizado como Salão de Música);
Por fim, seguimos em direcção ao Salão da Guerra que antecipa a Galeria dos Espelhos e depois o Salão da Paz.
Entramos agora no Quarto da Rainha e salões adjacentes, como por exemplo, a Antecâmara onde está o quadro de Maria Antonieta e os Seus Filhos.
E porque há muito para ver temos ainda o Salão da Sagração, assim chamado por causa do Quadro da Coroação de Napoleão I, em 1804 como Imperador de França, e o Quarto do Rei, onde tinham lugar as cerimónias do Levantar e do Deitar do Rei, de acordo com a Etiqueta da Corte.
Já no rés-do- chão vimos os Apartamentos do Delfim de França (ou Príncipe Herdeiro), como, por exemplo, a sua Biblioteca.

Fotos do Palácio :




terça-feira, 18 de outubro de 2011

Estilo Antonieta'

A rainha tinha até uma "ministra de moda"

Quando queria dar um recado à corte, Maria Antonieta usava a moda para se expressar. Diariamente, a rainha recebia a visita da modista Rose Bertin, conhecida como “ministra da Moda”. Desses encontros saíram roupas e acessórios que fariam os carnavalescos do Brasil se roerem de inveja. E que inspiram os estilistas até os dias de hoje.

Superculotes

Avessa aos espartilhos,a rainha gostava de destacar o colo, dando formas volumosas às ancas. Na cintura, cestos de palha, cobertos por anáguas, eram a estrutura desse visual.

Dreads

Na coroação de Luis XVI, o pior lugar foi atrás da rainha. Por causa de seu penteado, ninguém conseguia ver nada. A nobre exigia perucas novas e temáticas para cada ocasião.

3 quartos de Versalhes eram usados como guarda-roupa da rainha.

Rainha do palco

Maria Antonieta liderava uma trupe de nobres

A enjoada corte de Versalhes resistia às inovações trazidas por Maria Antonieta. Mas uma delas, pelo menos, caiu no gosto da nobreza: as apresentações de teatro em que a rainha bancava a atriz ao lado de outros nobres. Tudo começou em 1780, quando o rei, sabendo da paixão da esposa pelo teatro, a presenteou com um palco particular no palácio do Petit Trianon. O local passou a abrigar várias montagens da troupe des seigneurs (“trupe dos nobres”, em francês), formada pela rainha e seus parentes. Eles puseram em cena diversas peças do repertório clássico francês, em que Maria Antonieta gostava de representar burguesas e simples camareiras. Luís XVI, que não tinha muito jeito para a coisa, limitava-se a assistir e vibrava com o desempenho da esposa. E claro que nem todos ficaram contentes em Versalhes. A rainha distribuía convites apenas para as pessoas de sua preferência, passando por cima da etiqueta da corte e sem respeitar o ranking dos títulos de nobreza. Ignorando as reclamações, Maria Antonieta ainda comprava outras brigas no mundo do teatro. Um caso famoso foi o do dramaturgo Pierre de Beaumarchais, autor da peça As Bodas de Fígaro. A obra incluía uma crítica pesada à nobreza da França e, por isso, foi censurada. Fã de Beaumarchais, a rainha conseguiu fazer com que Luís XVI liberasse a peça. A estréia em Paris foi tão polêmica que Beaumarchais passou cinco dias na cadeia. Mesmo assim, Maria Antonieta encenou ela mesma outra peça do autor, O Barbeiro de Sevilha, e ainda o convidou para assistir à montagem no Petit Trianon.


O poder do glamour '

Por trás desse mundo de diversão e festas, Maria Antonieta tinha que suportar muitas pressões. Os nobres que haviam sido excluídos do convívio com a rainha não paravam de caluniá-la. Segundo Caroline Weber, o jeito de Maria Antonieta reagir era manipular sua aparência. “Ela usava a moda como um instrumento político, como forma de aumentar ou sustentar sua autoridade em momentos em que ela parecia estar sob risco, como nos sete anos que se passaram antes que ela tivesse um filho”, diz. Por meio de novas roupas, sapatos e penteados, a rainha se impôs, colocando-se acima de qualquer mulher francesa.

“Foi uma atitude inédita para uma rainha”, afirma Caroline. “Antes, as soberanas francesas tinham de projetar uma imagem dócil, vivendo longe dos holofotes. Quem tentava se envolver em política e exibir seu poder por meio de roupas luxuosas eram as amantes dos reis.” A família real francesa sabia da influência que as amantes costumavam ter nos rumos do governo. Por causa disso, havia exigido, durante as negociações com a mãe de Maria Antonieta antes do casamento, que a futura rainha fosse sedutora o bastante para que o rei não encontrasse distração fora de casa. Deu certo. Fosse por causa da beleza de Maria Antonieta ou pela própria falta de apetite sexual, Luís XVI não dava suas escapadas. O problema é que ele tampouco deixava Maria Antonieta meter a colher na política, o que irritava profundamente Maria Teresa, que insistia que a filha tentasse transformar o monarca num fantoche a serviço de seus interesses.

A posição de Maria Antonieta na corte francesa melhorou bastante depois que ela e Luís XVI finalmente tiveram seu primeiro bebê. Em 1778, nasceu Maria Teresa, batizada em homenagem à avó (a imperatriz morreria dois anos depois). O tão esperado delfim, Luís José, veio em 1781. “Com o nascimento de um filho homem, Maria Antonieta assumia a posição tradicionalmente forte de qualquer rainha da França que tivesse produzido um delfim”, conta a historiadora britânica Antonia Fraser, autora do livro Marie Antoinette – The Journey (“Maria Antonieta – a jornada”, inédito no Brasil), que serviu de inspiração para o filme de Sofia Coppola sobre a personagem, que deve estrear por aqui em março.

Depois do nascimento do herdeiro, Maria Antonieta ganhou coragem para desafiar ainda mais os costumes de Versalhes. Quando teve os últimos dois filhos, um menino e uma menina, ela se recusou a dar à luz em público, quebrando a tradição da corte francesa. A essa altura, Maria Antonieta parecia viciada em flertar com a impopularidade. Flertar, aliás, tinha se tornado uma rotina na vida dela desde o fim dos anos 1770, quando conhecera o belíssimo conde sueco Axel Fersen. Se não existem provas de que eles chegaram a ter relações sexuais, há poucas dúvidas de que os dois se amavam: os diários de Fersen, em linguagem cifrada, falam de uma “Josefina”, que certamente era Maria Antonieta.





Maria Antonieta'

A trágica saga de Maria Antonieta começa em Viena, Áustria, numa corte bem menos chique que a da França. Em 2 de novembro de 1755, a imperatriz Maria Teresa deu à luz uma menina pequenina, porém saudável. Era Maria Antônia, seu 15º bebê. O pai, Francisco I, era imperador do Sacro Império Romano-Germânico (que, naquela época, unia frouxamente algumas nações da Europa Central). Mas, apesar da pompa do cargo, não era ele quem mandava. A titular do comando do Império era Maria Teresa, que também era arquiduquesa da Áustria e rainha da Hungria e da Boêmia (hoje parte da Alemanha).

A imperatriz era uma brilhante estrategista política. Detestava perder tempo – aproveitou o parto de Maria Antonieta, por exemplo, para extrair um dente. Mas, apesar de ser viciada em trabalho, era uma boa mãe. Preocupava-se até com a formação musical dos filhos, que tinham contato com alguns dos músicos mais talentosos da Europa. Um deles foi o prodígio Mozart, recebido em Viena com apenas 7 anos. Reza a lenda que, ao andar pelo chão encerado do palácio, ele teria levado um tombo. Maria Antonieta, meses mais velha que ele, teria corrido para ajudá-lo e lhe dado um beijo na bochecha. “Você é bondosa. Quando crescer, quero me casar com você”, teria dito Mozart.

Mas a mãe tinha outros planos para o futuro da menina. Com a morte de Francisco I, em 1765, Maria Teresa buscou se aproximar das outras cortes européias. Usou uma estratégia bastante comum na época: ofereceu suas filhas em casamento. Maria Antonieta se tornou, assim, pretendente de Luís Augusto, neto do rei francês Luís XV. Com a morte prematura dos pais, o rapaz havia se tornado o delfim, herdeiro do trono. A idéia de Maria Teresa era criar uma aliança duradoura com a França, que vivia entrando em conflito com a Áustria e outros membros do Sacro Império.

A corte francesa resistiu bastante à união com a família austríaca, mas, em 1769, veio a proposta oficial de casamento. As diferenças entre os noivos não poderiam ser maiores. Segundo os relatos da época, Maria Antonieta tinha uma impecável pele branca, boca carnuda, cabelos louros e olhos azuis. Caminhava e dançava com elegância. Já Luís Augusto, um ano mais velho que ela, parecia ter crescido demais para a idade. Era desengonçado, absurdamente tímido e considerado um palerma pela corte francesa. Seu único traço aparente de nobreza eram os belos olhos azuis (mas, como ele não levava mesmo jeito para a perfeição, era levemente míope).

O casamento aconteceu em abril de 1770, numa igreja de Viena. E teve toda a cara de arranjo político, já que foi feito por procuração. No altar, Maximiliano, irmão da noiva, fez o papel do delfim. Logo após a cerimônia, um cortejo com 57 carruagens se pôs a caminho da França. Por exigência da nova pátria, ao chegar à fronteira com a França, Maria Antonieta foi obrigada a deixar para trás tudo o que tivesse alguma relação com a Áustria. Não apenas seu enxoval e suas damas de companhia, mas até as roupas que usava. Maria Antonieta despiu-se e recebeu um vestido dourado para continuar a viagem.

Em território francês, a jovem conheceu Luís XV, então com 60 anos. Depois foi a vez do noivo. Luís Augusto, que tivera pouquíssimo contato com mulheres e certamente era virgem, acabou dando apenas um beijo rápido no rosto de Maria Antonieta. Uma nova cerimônia de casamento foi celebrada em Versalhes, o subúrbio nos arredores de Paris onde residia a corte francesa. Sob os olhos atentos da nobreza, o casal se retirou para a cama. Ali aconteceu algo que iria se repetir durante anos: “Nada”, como escreveu o delfim no seu diário, na manhã seguinte.



Marie-Antoinette, 1775 - Musée Antoine Lécuyer.jpg
Maria Antonieta


Maria Antonieta com 12 anos.


Maria Antonieta na sua face rural.


Não foi fácil para a menina de 14 anos se adaptar à nova vida na França. Claro que Maria Antonieta apreciava estar vivendo no palácio de Versalhes, o mais esplendoroso da Europa. Mas as complicadas regras de etiqueta da corte francesa a irritavam um bocado. Para piorar, a privacidade era praticamente inexistente – em tudo o que fazia, ela era observada pelos membros da corte. Além disso, por ter sido criada num ambiente quase puritano, Maria Antonieta não engolia o costume dos nobres franceses de ter amantes “oficiais”. Era o caso do próprio Luís XV, que, viúvo, levava às festas da realeza a ex-prostituta Madame du Barry.

O estranhamento da jovem com a nobreza francesa fez com que ela fosse apelidada, pejorativamente, de l·Autrichienne, “a Austríaca”. “A parte mais antiga da corte considerava Maria Antonieta uma arrivista sem nenhum senso da civilidade, do refinamento e da elegância francesa”, diz Caroline Weber. Por algum tempo, a princesa teve que suportar a má fama. Até que, em 1774, o rei morreu de varíola. Luís Augusto e Maria Antonieta viraram, assim, os soberanos da França. Num piscar de olhos, a rainha usou sua nova posição para criar uma vida de sonho. Dispensou boa parte das antigas damas de companhia, povoou a corte de gente jovem e bonita e ganhou do marido, agora chamado de Luís XVI, o charmoso palácio do Petit Trianon (que antes pertencera a Madame du Barry), em Versalhes. Maria Antonieta organizava corridas de cavalo e se divertia em passeios de carruagem a toda velocidade.

O que mais fascinava a rainha, entretanto, era o agito da noite parisiense (a cidade, então uma das maiores do mundo, tinha 600 mil habitantes). Além de freqüentar óperas e teatros, Maria Antonieta adorava participar de bailes a que as mulheres compareciam mascaradas. Assim, podia se misturar com plebeus sem ser reconhecida. Como Luís XVI adorava acordar cedo, ele não se incomodava em deixá-la ir se divertir sem ele. O rei, aliás, parecia satisfeito em fazer as vontades de sua esposa. Como ela gostava de jogar cartas, Luís XVI instalou um cassino particular em Versalhes. Na estréia da nova atração, a rainha jogou durante 36 horas seguidas. Perdeu uma boa quantia de dinheiro dos cofres da coroa. Nada comparável, claro, ao que ela gastava para aumentar sua coleção de diamantes.





Rei Sol '

No Século XVIII passaremos a ter a França, e não mais a Espanha, como no período anterior, influenciando a moda nos demais países da Europa.

A figura máxima é a do rei, segundo os princípios absolutistas.

Luís XIV,rei da França, também conhecido como " Rei Sol " pode ser considerado como o inventor da luxuria,pois deixou varias coisas sofisticada,durante seu reinado tais como :


  • Sapatos de salto-alto;

  • A gastronomia;
  • Os diamantes;
  • O champanhe;
  • Os perfumes;
Para Luís XVI ostentar o luxo era uma forma de poder.A França soube utilizar muito bem esse poder de sedução para influenciar outros países.



Roupas do século XVIII na França '

No século XVIII na França era comum as mulheres usarem :
  • Vestidos amplos, volumosos e pregueados, alguns em forma de saco;
  • Corpetes mais folgados;
  • As panniers e as farthingales na armação das saias;
  • Maquiagem empoada e mosquettes;
  • Chápeus enormes e com muitas plumas de animais nobres;
  • Penteados exuberantes e altíssimos, com enchimentos e elementos decorativos;

Vestido da época.


Roupas da época.




O visual masculino tinha a seguinte forma:
  • Casaco (justaucorps) ajustado na cintura;
  • Coletes bordados;
  • Calções extremamente justos;
  • Lenços originados das golas da chemise, muito volumosos, no pescoço;
  • maquiagem empoada com mosquettes;









Revolução Francesa '

Bom pra quem não sabe o que é Revolução Francesa é o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França.Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 de brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime e os privilégios do Clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana(1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início á Idade contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau.Para França,abriu-se em 1789 o longo período do convulsões políticas do século XIX,fazendo-a passar pro várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia contitucional e dois impérios.


Queda da Bastilha em 14 de julho de 1789.


A Queda da Bastilha, símbolo mais radical e abrangente das revoluções burguesas.


O retormo de Luís XVI a Paris após sua desastrada fuga.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Revolução Industrial

Moda entre o século 1500 e 1795

A Revolução Industrial, que começara no Reino Unido no século XIX, revolucionou totalmente os meios de fabricação de roupas. Até então, os tecidos e as roupas eram produzidos manualmente, e por meios artesanais. A criação da spinning jenny, em 1764, pelo britânico James Hargreaves, e, posteriormente, da spinning mule, uma derivada da spinning jenny, em 1798, pelo britânico Samuel Crampton, foram uma das bases da Revolução Industrial. A spinning mule era capaz de fabricar tanto tecido quanto 200 pessoas, usando algumas poucas pessoas como mão de obra. Em 1780, Edmund Cartwright criou uma derivada capaz de se alimentar de uma turbina a vapor. Com tais máquinas disponíveis, fabricantes de roupas industrializadas vendiam roupas a baixos preços. A produção de roupas, ao menos nas grandes cidades, tornara-se quase completamente industrializada. Antigos artesãos que antes lucravam, faliram, e muitas pessoas pararam de fabricar suas roupas em casa.

A moda passou a mudar mais e mais frequentemente, mas apenas as pessoas ricas podiam se dar ao luxo de adquirir a última tendência da moda. Os franceses continuaram a ditar a moda na Europa até o início da Revolução Francesa, no final do século XVIII, quando a Inglaterra assumiu a dianteira, até o final da Revolução, quando a França retomou a liderança no cenário da moda europeia. Dado ao status de riqueza e poder de roupas complexas e elaboradas, ao longo da Revolução, muitos nobres passaram a usar roupas simples, com o medo de serem capturados pelos revolucionários, que os teriam guilhotinado.

Ao longo do século XIX, a industrialização na produção de roupas e tecidos espalhou-se para outros cantos do mundo. A indústria têxtil ficou firmemente estabelecida nos Estados Unidos, França, e, posteriormente, na Alemanha e no Japão. No último, roupas ocidentais lentamente substituíam roupas tradicionais. Porém, muitas pessoas ainda preferiam usar roupas feitas por um artesão, quando podiam pagar por ela. Outras pessoas, especialmente aquelas em lugares isolados, continuaram a fabricar tecidos e roupas em casa.

Gradualmente, ao longo do século XIX, as roupas passaram a ficar mais simples e leves. Camisas, saias (que eram para serem usadas juntas) e calcinhas foram criadas na década de 1870, e logo tornaram-se uma tendência entre mulheres da classe trabalhadora. Jeans passaram a ser usados por mineradores, fazendeiros e cowboys nos Estados Unidos.

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Um vestido típico feito no início do século XVIII.


Renascimento

Moda entre os anos de 1500 e 1550

O advento do Renascimento, no século XIV trouxe mudanças no cenário Europeu. As cidades cresciam, o número de comerciantes e artesãos especializados na produção de roupas aumentou, e, com a queda do Império Bizantino, a Europa Ocidental tomaria a liderança na produção de estilos e tendência aplicados à produção de roupas.

Homens passaram a usar roupas mais pesadas na parte superior do corpo. Uma vestimenta masculina típica da época, especialmente entre a nobreza, era um tipo de jaqueta pesada, com uma saia que ficava na região das pernas, até os joelhos. Homens também usavam sapatos cujas pontas ficavam para cima, e dispunham de uma grande variedade de chapéus. Já as mulheres da nobreza passaram a usar altos chapéus, e vestidos floridos e decorados. Os vestidos passaram a ser firmemente atados ao busto. Homens de classes inferiores usavam blusas e calças justas e simples, e as mulheres usavam vestidos simples.

Uma das principais influências na moda europeia, no século XVI foi a corte espanhola. Uma das principais tendências por parte dos membros da corte era o uso de grandes colarinhos no pescoço, que ficou em uso por aproximadamente dois séculos. No século XVII, os franceses passaram a dominar a moda na Europa, e roupas usadas pelos nobres franceses eram rapidamente copiadas por outros países (com a exceção da Espanha).

Por outro lado, os puritanos que viviam no Reino Unido, e que teriam vital importância na colonização dos Estados Unidos, não se importavam muito com estilos e tendências, tendo preferência por roupas simples. Os homens mantinham seus cabelos curtos - à época, homens com cabelos normais eram comuns e bem vistos - e usavam calças e roupas simples. As mulheres usavam vestidos longos e simples.


Exenplos :


Luiz XV com algum de suas roupas.


Delparto

Mulheres da época.


Elisabeth

Elisabeth usando uma de suas roupas.